Todos somos capazes de registrar – quase sempre de forma inconsciente – o pensamento de individualidades desencarnadas. Pessoas existem, contudo, em que essa percepção é mais acentuada e se processa conscientemente permitindo a comunicação entre os dois planos da vida. Tais indivíduos são chamados médiuns, ou seja, intermediários.
A mediunidade apresenta inúmeras modalidades, que foram estudadas e classificadas por Allan kardec em “o Livro dos Médiuns”.
Há uma categoria de médiuns capazes de produzir manifestações físicas, assim chamadas por impressionarem os nossos sentidos, contando-se entre elas os ruídos, o deslocamento de objetos, a escrita e a voz direta e as materializações , nas quais os Espíritos se apresentam momentaneamente corporificados podendo, inclusive, ser tocados e fotografados.
A mediunidade de efeitos físicos chama a atenção, produz impacto, pois evidencia de forma insofismável a existência de vida inteligente fora da matéria. Vale lembrar, aliás, que foi justamente com fenômenos desse tipo que se iniciou, em 1848, na pequena cidade norte-americana de Hydesville, o movimento de intercâmbio entre os mundos físico e espiritual que viria dar origem à Codificação, publicada na França, por Allan kardec.
Notáveis médiuns de efeitos físicos realizaram experiências com cientistas distintos que, sob rigorosas condições de controle comprovaram a autencidade dos fenômenos observados, publicando os resultados de suas pesquisas em obras hoje consideradas clássicas, sobre o assunto. Entre eles poderíamos citar os nomes de César Lombroso, na Itália, Alexandre Aksakof, na Rússia, Zöllner, na Alemanha e Crookes, na Inglaterra.
Toda mediunidade exige de seu portador responsabilidade e dedicação para ser bem aproveitada. O médium de efeitos físicos, contudo, necessita ainda de uma dose maior de vigilância devido à curiosidade, nem sempre sadia, em torno de seu trabalho.
Constata-se que, já há algum tempo, esse tipo de mediunidade é menos frequente, o que é compreensível, pois se durante quase um século a mediunidade é menos frequente, o que é compreensível, pois se durante quase um século a mediunidade teve que atender a perquirição científica, oferecendo provas indiscutíveis da realidade espiritual, é justo que agora ela deva servir, sobretudo, a finalidades morais, oferecendo consolo , orientação e esperança a todos quantos se aproximam da seara espírita, onde ela é cultivada com vistas à propagação do bem entre os homens.
“O Livro dos Médiuns” (187 e 189).
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